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Biólogo brasileiro Alysson Muotri irá ao espaço em missão da Nasa estudar o cérebro humano
Cientista viajará no fim de 2025 acompanhado de quatro astronautas em foguete da SpaceX rumo à Estação Espacial Internacional (ISS) O Biólogo paulistano Alysson Muotri, que é professor e chefia um laboratório de pesquisa na Universidade da Califórnia em San Diego (UCSD), vai participar de uma missão da Nasa ao espaço no fim de 2025. Ele vai viajar acompanhado de quatro astronautas no Falcon 9, foguete da SpaceX, rumo à Estação Espacial Internacional (ISS), onde vai estudar o impacto da microgravidade no cérebro com a ajuda de “mini cérebros” produzidos em seu laboratório. Os mini cérebros, que são organoides cerebrais que imitam o desenvolvimento e funções cerebrais, já foram enviados ao espaço uma vez, mas sem a presença de um cientista que pudesse realizar estudos durante sua permanência na estação. Desta vez, será possível conduzir experimentos in loco. Desenvolvidos a partir de células-tronco pluripotentes induzidas (IPS), os mini cérebros podem ajudar os cientistas a entender como determinadas condições neurológicas ocorrem, assim como o envelhecimento cerebral e os efeitos de medicamentos sobre o cérebro. Além disso, alguns dos mini cérebros que serão estudados por Alysson Muotri na ISS foram desenvolvidos a partir de células originadas de crianças autistas, o que permitirá a observação sobre os impactos do autismo na estrutura e desenvolvimento cerebral. Alysson Muotri é formado em Ciências Biológicas pela Unicamp e tem doutorado pela USP. Em 2008, ele criou o Muotri Lab na UCSD, que se tornou um dos centros de referência mundial em estudos com o cérebro humano. O laboratório recebe recursos do Estado da Califórnia e do National Institutes of Health (NIH) – equivalente ao CNPq no Brasil –, além de financiamento de empresas privadas e dinheiro de filantropia de fundações na área médica. Uma das linhas de pesquisa do Muotri Lab, iniciada em 2017, busca desenvolver aplicações em inteligência artificial com base na chamada inteligência orgânica. A Microsoft, interessada em expandir suas ferramentas de inteligência artificial, financiou parcialmente o estudo. Os mini cérebros têm cerca de 5 milímetros e são desenvolvidos a partir de células-tronco pluripotentes induzidas
SUS registra média de 285 atendimentos diários por quedas em idosos, em apenas dois meses
Cantor Agnaldo Rayol faleceu após cair em casa; Sociedade Brasileira do Trauma Ortopédico alerta para esse perigo comum no ambiente doméstico, que pode causar sequelas permanentes O cantor Agnaldo Rayol morreu na manhã desta segunda-feira (4) em São Paulo. O artista tinha 86 anos e faleceu no Hospital HSANP, localizado no bairro de Santana, após uma queda em seu apartamento durante a madrugada. Acidentes domésticos são comuns e podem afetar pessoas de qualquer idade. No entanto, durante o período de envelhecimento, as quedas – em especial as que acontecem dentro de casa – ficam cada vez mais regulares e perigosas. De acordo com informações do DATASUS, no primeiro bimestre de 2024, foram registrados 17.136 atendimentos hospitalares e 9.658 atendimentos ambulatoriais, envolvendo idosos, na faixa etária de 60 a 110 anos. Ainda que sejam números expressivos, eles não são surpreendentes. Em 2023, por exemplo, houve 106.401 atendimentos hospitalares e 45.684 ambulatoriais. “Diversos fatores podem causar o aumento de quedas entre os idosos, como a fraqueza e perda muscular do corpo, efeitos colaterais de alguns remédios, perda de sensibilidade por distúrbios neurológicos, além de doenças ortopédicas ou prejuízo dos sentidos de visão e audição”, explica o presidente da Sociedade Brasileira do Trauma Ortopédico, Marcelo Tadeu Caiero. O especialista afirma, ainda, que o trauma, sofrido em decorrência do acidente, pode deixar sequelas dolorosas que necessitam de atenção. “A recuperação de idosos não é simples. Uma fratura geralmente precisa de intervenção cirúrgica ou de períodos prolongados de imobilizações, isso porque, os ossos não são tão saudáveis quanto ossos jovens, além da falta de força muscular nessa idade”, alerta o ortopedista. Fraturas no fêmur, coluna vertebral e bacia podem diminuir a mobilidade de um idoso, além de necessitar de fisioterapia intensa para a recuperação. Por isso, é importante que pessoas da terceira idade se exercitem com frequência, caminhando ou fazendo musculação, para o fortalecimento das estruturas musculares. Prevenção Para reduzir a incidência de quedas, especialistas recomendam uma abordagem multidisciplinar. O primeiro passo é ser avaliado clinicamente. “Os idosos devem ter um acompanhamento médico, para que sejam identificadas condições de saúde que podem aumentar o risco de quedas, como problemas cardiovasculares, neurológicos e musculoesqueléticos”, diz Caiero. Exercícios físicos devem ser inseridos no dia a dia, por isso, os médicos costumam recomendar programas específicos para melhorar a força muscular, fortalecer e trazer mais equilíbrio, reduzindo o risco de quedas. Além da atividade física, também recomenda-se uma dieta balanceada para manter a saúde óssea e muscular, prevenindo fraquezas, que podem ocasionar as quedas. A remoção de obstáculos, instalação de barras de apoio em banheiros e melhorias na iluminação também são úteis para evitar acidentes domésticos. “Os idosos têm que se adaptar às limitações da idade. Eles devem, além de modificar suas casas, evitar roupas que podem enroscar em seus pés e aderir ao uso de sapatos bem ajustados, com solados antiderrapantes. Há diversas recomendações para que familiares auxiliem a pensar uma casa e rotina mais segura para o idoso”, aconselha o ortopedista. Cuidados simples podem salvar vidas e melhorar a qualidade de vida dos idosos. Confira algumas medidas importantes: – Evitar tapetes soltos; – As escadas e corredores devem ter corrimão dos dois lados; – Usar sempre sapatos fechados e com solados de borracha; – Colocar tapete antiderrapante nos banheiros; – Evitar andar em áreas com piso molhado; – Evitar encerar a casa; – Evitar móveis e objetos espalhados pela casa ou em corredores de circulação; – Deixar uma luz acesa à noite, caso você se levante; – Esperar que o ônibus pare completamente para você subir ou descer; – Colocar o telefone em local acessível; – Utilizar sempre a faixa de pedestres; – Se necessário, usar bengalas, muletas ou instrumentos de apoio.